
Doze funcionários de um pronto atendimento em Santa Cecília, no Meio-Oeste de Santa Catarina, foram intoxicados e passaram mal após participarem de um café da tarde na unidade, no dia 21 de outubro. Segundo a Polícia Civil, o líquido consumido em comum por todos os servidores foi um refrigerante levado pela tia de um funcionário que estava afastado por assédio sexual contra colegas de trabalho.
As vítimas apresentaram sintomas semelhantes, como tontura, sonolência, inchaço abdominal, lapsos de memória e dificuldade para falar. Todos foram encaminhados para atendimento médico e já receberam alta.
Cronologia
No dia 8 de outubro, o trabalhador ele foi retirado das funções após o registro de um boletim de ocorrência feito por funcionárias da unidade. Cerca de duas semanas depois, os profissionais participaram de um encontro coletivo. Por volta das 17h, começaram a passar mal de forma simultânea. As primeiras investigações apontaram que o único alimento ingerido por todos era um refri de dois litros.
No dia seguinte, 22 de outubro, a Polícia Civil iniciou a coleta de provas para apurar se houve contaminação proposital. A princípio, a investigação identificou dez vítimas, entre médicos e técnicos de enfermagem. Dois dias depois, em 23 de outubro, a polícia confirmou que a bebida havia sido levada até o local pela parente do servidor investigado. Tanto a mulher quanto o sobrinho foram alvos de mandados de prisão temporária.
Na sexta-feira, 24 de outubro, o secretário de Saúde do município atualizou o número de vítimas para 12. Oito delas chegaram a ser hospitalizadas e quatro receberam alta no mesmo dia. As últimas deixaram o hospital no sábado, 25 de outubro.
Um laudo preliminar divulgado pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina em 28 de outubro não encontrou nenhuma substância relacionada a drogas nas amostras biológicas das vítimas. A Polícia Científica segue analisando o refrigerante para tentar identificar o que causou o mal-estar.