
Entre os 117 corpos das pessoas que foram mortas da Operação Contenção, 99 já foram identificados até esta sexta-feira (31). Segundo informações do Instituto Médico Legal (IML), 89 deles foram liberados para retirada pelos familiares. O processo de identificação ainda está em andamento e pode ser concluído apenas no fim de semana. A operação, deflagrada em comunidades do Rio de Janeiro, também resultou na morte de quatro policiais.
A Polícia Civil informou que está finalizando um documento de inteligência com “centenas de páginas”, reunindo a qualificação dos mortos e uma análise sobre o papel estratégico dos complexos da Penha e do Alemão dentro da estrutura do Comando Vermelho.
De acordo com o governo do Rio de Janeiro, das 99 pessoas identificadas até o momento, 78 tinham histórico criminal e 42 possuíam mandado de prisão pendente. O secretário de Segurança destacou que ainda não é possível confirmar se esses mandados foram expedidos especificamente no contexto da operação ou anteriormente.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da Subprocuradoria-Geral de Direitos Humanos e Proteção à Vítima (SUBDH), acompanha os trabalhos de perícia e de acolhimento aos familiares das vítimas. Uma equipe formada por oito profissionais realiza as perícias, sob supervisão direta de um promotor de Justiça.
O governo federal também participa da apuração, com o envio de 20 peritos criminais da Polícia Federal ao Rio de Janeiro, conforme informou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
A megaoperação, segundo o governo estadual, tinha como objetivo conter o avanço do Comando Vermelho, com o cumprimento de 100 mandados de prisão e 180 mandados de busca e apreensão. Até o momento, 20 pessoas foram presas e 15 alvos morreram durante as ações policiais.
O principal alvo, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, apontado como um dos chefes do Comando Vermelho ainda em liberdade, segue foragido.