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Senhora encontrada em mala conheceu suspeito em abrigo na enchente

Companheiro pediu para não ser apresentado a familiares

Henrique PauloPor Henrique Paulo
08/09/2025 19:08Atualizado há 2 dias
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Senhora encontrada em mala conheceu suspeito em abrigo na enchente
Vítima e suspeito se conheceram em enchente no RS (Foto: Arquivo pessoal)

A mulher que teve partes do corpo encontradas dentro de uma mala na Estação Rodoviária de Porto Alegre, Brasília Costa, e o suspeito do crime, Ricardo Jardim, se conheceram em um abrigo da capital durante a enchente em junho do ano passado. A informação é da cunhada da vítima, Raquel Costa. O homem, de 66 anos, está preso preventivamente desde a quinta-feira (4).

Segundo Raquel, o casal havia terminado o relacionamento em outubro de 2024, mas reatou há cerca de cinco meses. Eles chegaram a combinar de viajar para João Pessoa (PB). Brasília era divorciada, não tinha filhos e gostava de ser chamada de Bia. Pessoas próximas dizem que a manicure natural de Arroio Grande, era "reservada" e "gostava de ficar sozinha".

A mulher nunca apresentou Ricardo aos familiares. Conforme relatos, o publicitário teria dito que tinha problemas com a mãe e os filhos, por isso não gostava de sair. Em 2018, Ricardo foi condenado a 28 anos por matar e concretar a mãe. Ele foi solto em 2024 após conseguir autorização para progressão ao regime semiaberto.

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Celular da vítima e conversas

O suspeito estava com o celular de Brasília e teria se passado pela mulher em mensagens para familiares após o crime. O conteúdo do aparelho e de outros dispositivos apreendidos será analisado pelos peritos.

Linha do tempo

15/01/2024: Justiça autoriza progressão ao semiaberto e liberação com monitoramento diante da falta de vaga, com apresentação obrigatória em 48h
16/01/2024: Ricardo é liberado da prisão
19/01/2024: Ricardo se apresenta ao Instituto Penal de Monitoramento Eletrônico, que não tem tornozeleiras disponíveis
28/02/2024: Acontece uma tentativa de agendamento da instalação da tornozeleira, mas não atendeu as ligações
06/04/2024: Feito o registro de Não Apresentação, passando para a condição de foragido
22/04/2024: Ministério Público solicita a expedição de mandado de prisão
06/02/2025: Juízo regride cautelarmente o regime para o fechado e expede mandado de prisão

O que a polícia já estabeleceu sobre a dinâmica

Depósito da mala: câmeras mostram um homem deixando a mala no dia 20 de agosto no guarda-volumes da rodoviária. O volume ficou no local por cerca de 12 dias, até ser aberto pela equipe do setor devido ao odor;
Planejamento e ocultação: o autor removeu as pontas dos dedos das mãos da vítima para dificultar a identificação e deixou a cabeça por último, estratégia que, segundo a polícia, visava retardar o reconhecimento da vítima;
Relacionamento e possível motivação: segundo a investigação, o suspeito mantinha relacionamento com a vítima e tentou usar os cartões dela. Comprovantes de transações entre ambos foram encontrados. A motivação financeira é apurada;
Apreensões: com o suspeito, os policiais apreenderam celulares e notebook. O material será periciado após pedidos judiciais de acesso aos dados;
Classificação do crime: a Polícia Civil trata o caso, neste momento, como feminicídio. Laudos complementares devem apontar a causa da morte quando houver reunião de todas as partes do corpo.

Próximos passos da investigação

A cabeça da vítima ainda não foi localizada. Essa etapa é para permitir a identificação completa do corpo e contribuir para a definição precisa da causa da morte Além disso, os investigadores devem realizar perícia no celular da vítima e nos demais dispositivos eletrônicos apreendidos. O objetivo é confirmar se as mensagens enviadas em nome da vítima foram realmente redigidas por ela, além de rastrear possíveis movimentações financeiras e digitais que possam esclarecer o contexto do crime.