Três brasileiros são presos na Argentina após atravessar fronteira ilegalmente; dois têm antecedentes por tráfico

Três homens naturais de Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro, foram presos por policiais argentinos ao tentar cruzar a fronteira do Brasil com a Argentina por uma passagem clandestina. A detenção ocorreu na noite de sexta-feira (31), na província de Misiones, e foi confirmada pela polícia de fronteira argentina na madrugada deste sábado (1º).

Os suspeitos, identificados como Ednei Carlos dos Santos, de 25 anos, Luís Eduardo Teixeira de Souza, de 23, e Jackson Santos de Jesus, de 35, foram flagrados quando tentavam atravessar uma área de mata próxima ao rio Uruguai, na divisa entre Alba Posse (Argentina) e Porto Mauá (RS). Segundo as autoridades, dois deles têm antecedentes por tráfico de drogas e o terceiro já havia sido processado por agressão.

De acordo com a Brigada de Inteligência Criminal de Fronteira, responsável pela operação, os policiais à paisana notaram a presença suspeita dos três homens em uma área de pouca movimentação. Ao serem abordados, os brasileiros não conseguiram justificar a entrada ilegal no país e admitiram ter cruzado o rio em uma canoa.

As autoridades argentinas suspeitam que os detidos estariam fugindo do cerco policial ao Comando Vermelho, no Rio de Janeiro. A Operação Contenção, realizada nos complexos da Penha e do Alemão, terminou com 121 mortos e 113 presos, segundo balanço oficial das polícias Civil e Militar.

A polícia de Misiones informou que mantém contato com as forças de segurança do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina para confirmar possíveis vínculos dos brasileiros com a facção e verificar a existência de mandados de prisão internacionais. Fotografias e impressões digitais já foram encaminhadas às autoridades brasileiras.

Enquanto aguardam a confirmação oficial, os três homens permanecem sob custódia da Justiça argentina, segundo nota divulgada pela polícia local. A principal linha de investigação é de que o grupo fazia parte do chamado “efeito de debandada”, fuga em massa de criminosos após as operações no Rio.