Estados do Sul e Centro-Oeste avançam em movimento pela renovação da Malha Sul ferroviária

Os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul deram mais um passo na articulação pelo fortalecimento do transporte ferroviário no Brasil. Em reunião realizada nesta segunda-feira (18), em Curitiba, a Comissão Interestadual para Assuntos Ferroviários da Malha Sul definiu novas ações dentro do movimento Ferrosul.

Com representantes indicados pelos governadores, ficou decidido que serão buscadas agendas em Brasília com a Secretaria Nacional de Transportes Ferroviário (SNTF), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O objetivo é obter informações detalhadas sobre a renovação da Malha Sul. Também está prevista uma agenda junto ao Ministério dos Transportes e ao Tribunal de Contas da União (TCU).

“Os estados vão mostrar aos órgãos federais que estamos unidos em torno de uma solução para a Malha Sul. Nós queremos fazer parte da discussão desse tema e não podemos ficar à margem. Esta reunião em Curitiba é uma sequência da primeira organizada em Florianópolis pelo governador Jorginho Mello e demonstra que estamos buscando o nosso espaço”, destacou o secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, Beto Martins.

Outro encaminhamento importante foi a elaboração de um Termo de Referência para contratar um estudo sobre a viabilidade de um traçado ferroviário comum, que contemple os quatro estados. A condução do processo ficará a cargo do Codesul (Conselho de Desenvolvimento e Integração do Sul), que também será responsável por coordenar o Grupo de Trabalho formado pelos membros indicados pelos governadores.

A articulação entre os estados começou em julho, quando os governadores assinaram uma Carta Manifesto em defesa da infraestrutura ferroviária e da retomada do protagonismo logístico da Região Sul no contexto nacional. O documento ressaltou que, juntos, os quatro estados respondem por 18,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e necessitam de investimentos em logística compatíveis com sua força produtiva.