Apoio a Bolsonaro mobiliza multidão em Copacabana
Ex-presidente criticou o governo de Lula durante ato que reuniu governadores, senadores e líderes bolsonaristas

Neste domingo (16), um grande ato em Copacabana, na Zona Sul do Rio, reuniu apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que participaram de uma manifestação convocada por ele mesmo. O evento teve como principal pauta o pedido de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, em Brasília.
De acordo com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), o ato contou com 18,3 mil pessoas em seu auge, enquanto a Polícia Militar, por meio de um post nas redes sociais, afirmou que 400 mil pessoas participaram. Entre as personalidades que marcaram presença no evento estavam os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Jorginho Mello (SC) e Mauro Mendes MT).
Também participaram os senadores Flávio Bolsonaro e Magno Malta, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o pastor Silas Malafaia, que foi o coordenador do ato. Durante a manifestação, quatro governadores subiram no carro de som e dois deles, Castro e Tarcísio, discursaram para a multidão.
O ex-presidente Bolsonaro, ao discursar por volta das 11h30, reafirmou a defesa pela anistia dos presos pelos atos golpistas e fez críticas diretas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comparando seu governo com o atual.
Em seu pronunciamento, Bolsonaro alegou que nunca imaginou estar pedindo anistia para pessoas "de bem", que, segundo ele, não cometeram crimes e foram atraídas para uma "armadilha". Ele mencionou especificamente o caso de algumas mulheres presas e questionou as acusações feitas contra elas.
Além disso, Bolsonaro destacou que seu governo enfrentou dificuldades com o apoio de alguns partidos e afirmou que agora conta com a parceria do PSD para aprovação do projeto de anistia no Congresso Nacional. De acordo com o ex-presidente, o apoio da bancada do PSD foi crucial, e ele indicou que o apoio de outros partidos também seria importante para a aprovação da lei.
Em tom de confronto, Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e afirmou que, se fosse preso ou morto, isso representaria um grande problema para o país.
O ex-presidente ainda pediu aos seus seguidores que, nas próximas eleições, garantam "50% da Câmara e 50% do Senado" para candidatos alinhados com o bolsonarismo, não necessariamente do PL, seu partido.