'Marvada' da boa! família faz da pinga uma fonte de renda
Alambique começou a funcionar em 1999; diferencial é a cachaça de mel
A cachaça faz uma combinação perfeita com o drinque brasileiro mais famoso no mundo: a caipirinha. Além de trazer entusiasmo ao paladar, ela é tema de canções. O sertanejo, por exemplo, é um dos gêneros musicais que mais usam a “marvada”.
A bebida também complementa a renda da família Hansen na linha Maipú, no interior do município de Saudades, no Oeste de Santa Catarina. O popular alambique começou a funcionar em 1999, de lá para cá já se passaram 25 anos de um produto que deu certo no mercado e caiu no gosto do consumidor. Mas no começo nem tudo foi fácil.
O agricultor Claudemir Hansen, conta que foi incentivado por um parente a investir na produção do destilado, mas não deixou de lado os afazeres no campo, vendo 'pinga' uma oportunidade de agregar lucro no meio rural.
Preparo
A produção inicia após a colheita da cana, depois é realizada moagem e filtragem. O líquido passa por um processo de fermentação que dura 24 horas e depois disso é realizado o armazenamento. O último passo é o engarrafamento para ser vendida.
Cachaça de bolso (Foto: Henrique Paulo Koch)
Além do pai e da mãe, a filha Ana Hansen também auxilia nos afazeres. Na empresa, ela é responsável pela fabricação dos licores e ajuda nas demais funções.
“Para mim foi uma surpresa, eu trabalhava na cidade e decidi voltar para casa, e não me vejo fazendo outra coisa, a ideia também é apostar em diferenciais como a cachaça com mel”, contou Ana.
No Brasil, a aguardente tem mais de três mil apelidos registrados e alguns bem curiosos, com nomes engraçados, algumas tendenciosas, de duplo sentido e as de sacanagem. As mais populares são: “Quarqueuma”, “Uátizapi”, “Doidinha”, “Procurada”, entre outras.