
Santa Catarina intensifica as ações de enfrentamento ao Aedes aegypti diante do avanço dos focos do mosquito e do aumento das notificações de dengue. O Informe Epidemiológico do dia 1 de dezembro contabiliza 62.209 focos em 263 municípios. A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) aponta 134.231 notificações de dengue, sendo 25.734 casos prováveis, além de 21 mortes confirmadas e três em investigação. Ao todo, 184 municípios já são considerados infestados.
Segundo o diretor da DIVE, João Augusto Fuck, o avanço das arboviroses resulta da combinação entre fatores climáticos e comportamentais. Ele explica que as condições atuais favorecem a reprodução do mosquito e que ainda há dificuldades para manter a prevenção contínua. Para ele, o enfrentamento exige vigilância permanente e engajamento da população, já que a dengue se tornou parte do cenário epidemiológico do estado.
O informe também revela crescimento significativo dos casos de chikungunya. Santa Catarina registrou 2.799 notificações, sendo 840 casos prováveis e 699 confirmações laboratoriais. O número representa aumento de 577,4% em relação ao mesmo período de 2024. Quatro óbitos pela doença foram confirmados.
Transmitida pelo mesmo vetor da dengue, a chikungunya provoca febre alta, dores intensas nas articulações, dor muscular, dor de cabeça, cansaço e manchas vermelhas na pele. Em casos graves, pode levar à internação e ao óbito, especialmente entre idosos e pessoas com comorbidades.
A Secretaria de Estado da Saúde afirma que segue mobilizada e ampliando as ações em todas as regiões, mas reforça que a participação da população é decisiva para conter o avanço das doenças.
Entre as medidas recomendadas estão eliminar recipientes que acumulem água, evitar o acúmulo de materiais descartáveis, tratar adequadamente piscinas, manter lagos limpos, lavar vasilhas de animais semanalmente, colocar areia nos pratinhos de plantas, retirar água acumulada em folhas e manter lixeiras sempre tampadas.
Segundo a SES, atitudes simples podem reduzir significativamente a circulação do mosquito. Entre as medidas recomendadas estão:



