Um pintor foi flagrado nesta terça-feira (3) trabalhando em altura sem os Equipamentos de Proteção Individual obrigatórios, como cinto de segurança e capacete, em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. A cena representa risco iminente em um momento em que o município registrou, na semana passada, três mortes em acidentes de trabalho.
A falta de EPIs é uma violação legal e está entre os principais fatores que contribuem para casos graves e fatais na construção civil. O episódio registrado reacende o debate sobre segurança e reforça a necessidade de fiscalização mais rigorosa, principalmente em atividades de risco.
Tragédias
A sequência de óbitos começou na última quarta-feira (26), quando Alexsandro Branco, de 23 anos, morreu após cair de um prédio enquanto instalava uma rede de proteção em um apartamento no bairro Paraíso. Na quinta-feira (27), Márcio Guterres Palhares, de 43 anos, perdeu a vida após ser atingido por uma placa de aço de aproximadamente três toneladas no bairro Jardim América.
Já na sexta-feira (28), um trabalhador de 39 anos foi a óbito depois de cair dentro de uma máquina enquanto realizava a limpeza interna do equipamento usado na produção de pavers e blocos, em uma empresa de concreto às margens da SC-283.
Dados em Santa Catarina
Nos primeiros seis meses de 2025, o estado registrou 27.339 incidentes de trabalho e 113 óbitos, segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No ranking nacional, Santa Catarina aparece entre os estados com maior número de casos. A taxa ficou em 1.047 incidentes para cada 100 mil trabalhadores — uma das mais altas do Brasil.