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Corte de gastos desligará pardais de rodovias federais

Medida ocorre devido a falta de recursos para custear contratos

Henrique Paulo
Por Henrique Paulo
14/07/2025, 13:14
Atualizado há cerca de 21 horas
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Redutor de velocidade em rodovia (Foto: Divulgação)Redutor de velocidade em rodovia (Foto: Divulgação)

A partir do dia 1º de agosto, radares eletrônicos de fiscalização em diversas rodovias federais brasileiras serão desligados. A medida é consequência da escassez de recursos para manter contratos com as empresas responsáveis pelos equipamentos, o que coloca em xeque o monitoramento de velocidade e o controle de trânsito em vias de grande circulação.

O desligamento foi formalizado por meio de um comunicado da Coordenação-Geral de Operações Rodoviárias do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), enviado à empresa Fotosensores, responsável pelos pardais no estado do Rio Grande do Sul.  O documento oficial confirma a data da suspensão e aponta diretamente o déficit orçamentário como causa. O problema já havia sido sinalizado desde a elaboração do orçamento federal para o exercício de 2025.

Na ocasião, o DNIT apresentou uma proposta técnica que indicava a necessidade de R$ 364,1 milhões para manter a fiscalização eletrônica em funcionamento. No entanto, a Lei Orçamentária Anual (LOA) destinou apenas R$ 43,3 milhões para a Ação 2036, que contempla operações de trânsito, representando uma redução de 88% no valor originalmente solicitado.

Mesmo após tentativas de recomposição, os recursos continuam insuficientes. Para este ano, a estimativa de gasto é de R$ 164,5 milhões, mas o disponível em caixa é de apenas R$ 79,6 milhões — pouco mais da metade da demanda prevista. Até o momento, o DNIT não apresentou soluções alternativas para evitar o desligamento dos equipamentos nem confirmou se há possibilidade de ajustes para preservar o serviço de fiscalização em trechos prioritários.

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