
A manhã desta quarta-feira (1º) foi marcada pela deflagração da Operação Electus, conduzida pela Polícia Civil e pelo GAECO, em cumprimento a mandados em várias cidades catarinenses e no Paraná. A investigação teve início em maio de 2024, após denúncia de irregularidades em um concurso público em Jardinópolis.
No município de União do Oeste, a operação resultou na prisão em flagrante de um secretário municipal, em cuja residência foi encontrada uma arma de fogo calibre .22 e munições sem registro legal. Diante do episódio, a prefeitura emitiu uma nota oficial à imprensa esclarecendo sua posição.
Segundo o documento, o município não possui qualquer ligação com os fatos investigados e não figura como alvo da operação. A administração também reforçou que as ações policiais não envolvem concursos realizados pela cidade e que a prisão do secretário não guarda relação com o caso central da investigação, mas exclusivamente com a posse ilegal da arma encontrada.
A nota, assinada pelo prefeito Everaldo Luis Cassonato, afirma ainda que União do Oeste seguirá acompanhando o andamento do processo e adotará medidas cabíveis caso necessário.
“Reafirmamos nosso compromisso com a gestão pública pautada na lisura, honestidade e transparência de nossas ações, sempre voltadas para o interesse público e o melhor para nossa população”, destacou o chefe do Executivo municipal.

Operação Electus: investigação sobre fraudes em concursos
A Operação Electus nasceu a partir da denúncia de uma candidata ao concurso da prefeitura de Jardinópolis, que relatou suspeitas de fraude no certame organizado por uma empresa sem sede física. As apurações apontam que candidatas teriam sido beneficiadas em troca de pagamentos em dinheiro, com gabaritos alterados ou preenchidos após o acordo.
De acordo com as autoridades, os encontros para acertos financeiros ocorreram em diversas cidades da região, incluindo Sul Brasil, Irati e Saltinho. A segunda fase da operação envolveu 44 mandados de busca e apreensão em dez municípios catarinenses e em Marmeleiro (PR), além de uma prisão preventiva em Palmitos, sequestro de veículos e suspensão das funções de servidores públicos investigados.