O setor leiteiro de Santa Catarina enfrenta uma das maiores crises dos últimos anos. A queda no preço pago ao produtor, somada ao aumento dos custos de produção, tem gerado preocupação e desânimo no campo. Muitos agricultores relatam dificuldade em manter a atividade, já que os valores recebidos pelo litro de leite não cobrem as despesas com ração, energia e insumos.
Entidades ligadas ao setor defendem medidas de apoio e políticas públicas que ajudem a equilibrar a cadeia produtiva, garantindo renda para os produtores e segurança alimentar para os consumidores.
De acordo com o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC), Enori Barbieiri, cresce a incerteza sobre o futuro da atividade leiteira no estado, que é um dos maiores produtores do país.
"O leite não é um produto que consegue se balancear com exportações e mercado interno. Ele é basicamente um produto de mercado interno no país. O leite ainda não consegue competir com alguns países produtores de leite que tem o custo bem mais barato que o nosso. As indústrias estão com estoques de lactes muito alto e é um produto perecível. Isso derruba preço. Mais uma vez o leite voltou a toda e muita gente será eliminado neste setor, o pequeno e médio produtor", avalia o diretor da FAESC, Enori Barbieiri.