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Epagri segue monitorando a Cigarrinha-do-milho em plantações de todo o estado

Produtores buscam manter o controle contínuo para evitar danos significativos às lavouras

Felipe Eduardo
Por Felipe Eduardo
10/03/2025, 19:37
Atualizado há 22 dias
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Epagri mantém a atenção contínua aos índices de infestação e o manejo adequado (Foto: Secom SC)Epagri mantém a atenção contínua aos índices de infestação e o manejo adequado (Foto: Secom SC)
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A produção de milho em Santa Catarina segue como uma das mais importantes para a economia do estado, com destaque para a qualidade e a quantidade das colheitas. No entanto, o manejo de pragas como a cigarrinha-do-milho continua sendo um desafio para os produtores, exigindo monitoramento constante e estratégias de controle eficientes.

A população da cigarrinha-do-milho continua em declínio no estado, mas a pesquisadora da Epagri, Maria Cristina Canale Rappussi da Silva, coordenadora do Programa Monitora Milho, alerta que, apesar da baixa nos números dos insetos, os casos positivos para os patógenos de enfezamento, como o fitoplasma do enfezamento vermelho e o vírus do mosaico estriado, continuam sendo detectados nos exemplares analisados.

Para a pesquisadora, apresença desses patógenos compromete diretamente a saúde das plantas, podendo impactar a produtividade das lavouras de milho que atualmente estão na fase vegetativa, com as plantas de milho já em crescimento. 

Este é um momento delicado, pois o controle químico ou biológico se torna mais difícil devido à dificuldade de acesso com maquinário. A pesquisadora observa que, embora o período mais crítico para a inoculação das plantas esteja passando, o controle da cigarrinha deve ser mantido.

“A cigarrinha também pode se reproduzir na lavoura, por isso é importante reduzir a população de cigarrinhas nos plantios, isso acarreta na diminuição das populações e na diminuição de insetos infectados”, afirma a pesquisadora.

Para auxiliar os produtores na gestão dessa praga, o programa Monitora Milho SC disponibiliza informações atualizadas semanalmente. A iniciativa coleta dados sobre a presença da cigarrinha e os patógenos associados, com foco na proteção da produção de milho. A média estadual de cigarrinhas encontradas por armadilhas é de 105,6, e recentemente, os casos de infecção por patógenos foram registrados Canoinhas, Major Vieira, Presidente Getúlio, Irati, Lebon Régis, Guatambu e Lages.

Com a crescente importância do milho para o agronegócio catarinense, iniciativas como o Programa Monitora Milho SC, criado em 2021, são essenciais para mitigar os riscos à produção. A ação conjunta de diversas instituições, como Epagri, Udesc, Cidasc e outras entidades, reforça a relevância de um acompanhamento rigoroso para garantir o sucesso das lavouras no estado.

A atenção contínua aos índices de infestação e o manejo adequado da cigarrinha-do-milho são vitais para que Santa Catarina siga mantendo sua posição de destaque na produção de milho, essencial para o desenvolvimento econômico local e nacional.

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