Santa Catarina mantém status internacional como zona livre de peste suína há 10 anos
Reconhecimento internacional impulsionou exportações e a Cidasc mantém vigilância para evitar reintrodução da doença

Santa Catarina completa nesta quarta-feira (28), dez anos do reconhecimento como Zona Livre de Peste Suína Clássica (PSC) pela Organização Mundial de Saúde Animal (Omsa). A certificação, conquistada em 2015, é considerada um resultado do intenso trabalho de fiscalização e educação sanitária da Cidasc, responsável pela defesa agropecuária no estado.
A conquista é celebrada dentro do Mês da Saúde Animal e Vegetal, realizado anualmente em maio, e marca uma década de expansão da suinocultura catarinense nos mercados internacionais. Hoje, o estado lidera as exportações brasileiras do setor, sendo responsável por 56% do volume total exportado. Esse desempenho reforça o papel estratégico da sanidade animal na competitividade global.
“Esse status privilegiado nos permite acessar os mercados mais exigentes do mundo. É fruto do compromisso da cadeia produtiva com a sanidade e do alto nível de defesa agropecuária”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini.
A peste suína clássica é uma doença viral que atinge porcos e javalis, sem cura conhecida. Embora não represente risco à saúde humana, seu impacto econômico é severo, podendo levar à morte de grandes quantidades de animais. Entre os sintomas, estão febre, manchas vermelhas no corpo, andar cambaleante, abortos e alta mortalidade.
Segundo a presidente da Cidasc, a médica-veterinária Celles Regina de Matos, a erradicação da Peste Suína Clássica foi decisiva para o salto nas exportações.
“O controle da PSC por zoneamento permitiu à suinocultura catarinense atingir altos patamares de produtividade. Essa conquista só é possível com rebanhos saudáveis e um sistema de vigilância eficaz.”
Apesar da erradicação, a Cidasc reforça a importância da vigilância contínua e da biosseguridade. Os produtores devem exigir certificação sanitária na compra de animais, alojá-los em ambientes adequados e alimentá-los com ração própria, sendo proibido o uso de resíduos com proteína animal. A notificação de casos suspeitos permanece obrigatória para evitar qualquer reintrodução da doença no estado.