Saudades lidera certificação sanitária de propriedades leiteiras em Santa Catarina
Processo de certificação é conduzido pela CIDASC, e segue criterios dividido em etapas

Com destaque no cenário estadual, o município de Saudades, ocupa o primeiro lugar no ranking de certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose bovina. Das 416 propriedades em processo de certificação no estado, 172 estão localizadas no município, conforme dados da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC), atualizados em 25 de abril.
O resultado é reflexo do esforço conjunto entre poder público, produtores rurais e profissionais da área da saúde animal. Em 2024, a administração municipal investiu cerca de R$ 150 mil no programa, conforme informou o Secretário Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Darci Pedro Thome.
“Nós aumentamos o auxílio para que realmente os agricultores se comprometam e façam a certificação completa. Esses números refletem o empenho dos produtores rurais em garantir padrões sanitários elevados, fortalecendo a produtividade na propriedade saudadense”, destaca o secretário.
O processo de certificação, conduzido pela CIDASC, é criterioso e dividido em etapas. Os produtores recebem acompanhamento técnico de veterinários do Instituto Catarinense de Sanidade Agropecuária (ICASA), que orientam e realizam exames nas propriedades rurais.
A certificação é uma medida essencial para garantir a segurança sanitária da bovinocultura leiteira. Doenças como brucelose e tuberculose representam sérios riscos tanto para os animais quanto para os seres humanos.
A brucelose bovina, por exemplo, pode causar abortos frequentes nas fêmeas, queda na produção de leite e infertilidade. Em humanos, a zoonose provoca sintomas como febre, dores musculares, inchaço nas articulações e, em casos mais graves, pode afetar o sistema reprodutivo e levar à morte.
Já a tuberculose bovina é uma doença infecciosa que, embora comumente atinja os pulmões, também pode comprometer outros órgãos. A transmissão ao ser humano ocorre principalmente pelo consumo de leite cru contaminado ou contato direto com animais doentes.