
Marcas misteriosas voltaram a surgir em uma lavoura de trigo em Ipuaçu, no Oeste de Santa Catarina, na manhã desta segunda-feira (3). O novo agroglifo apareceu em uma propriedade próxima à rodovia, logo na entrada do município, e tem chamado a atenção de moradores e curiosos.
O desenho é formado por um grande círculo como estrutura principal. Paralela a ele, há uma linha trançada que percorre toda a lateral. Especialistas e pesquisadores iniciaram a coleta de amostras do solo para verificar se o fenômeno pode ser considerado um agroglifo autêntico. A formação, segundo as primeiras observações, apresenta alto nível de simetria e complexidade.
Ruan Ramilo, de 24 anos, mora a menos de um quilômetro do local onde o novo desenho apareceu. Ele conta que percebeu uma movimentação diferente durante a madrugada. “Os cachorros ficaram agitados e latindo sem parar. A gente estranhou, mas não viu luzes nem nada no céu”, relatou o morador ao ND, que reforçou o comportamento incomum dos animais naquela noite.
Fenômeno recorrente
O município é conhecido como a “capital brasileira dos agroglifos”. O primeiro registro oficial do fenômeno no país ocorreu em 2008, justamente nessa região. Desde então, as formações misteriosas surgem quase todos os anos nas plantações da região, sempre entre os meses de outubro e novembro.
Em alguns casos, análises posteriores apontaram que os desenhos foram feitos por ação humana. No entanto, outros permanecem sem explicação, alimentando teorias sobre possíveis causas naturais ou desconhecidas.
Histórico de aparições
O último registro de agroglifos em Ipuaçu havia ocorrido em 14 de outubro de 2024. Na ocasião, o desenho também foi encontrado em uma lavoura próxima à área urbana. Em 2023, o fenômeno apareceu mais cedo, em setembro, mas as características da marca indicaram intervenção humana, devido à falta de alinhamento e aos caules das plantas quebrados. Já em 2022, um desenho com alto grau de precisão impressionou os moradores. Equipamentos usados por pesquisadores registraram leves variações magnéticas no local, mas nada que explicasse com clareza a origem das figuras.