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INSS bloqueia novos descontos em empréstimos consignados após esquema de fraudes

Decisão cumpre determinação do TCU e busca proteger aposentados e pensionistas de prejuízos bilionários

Felipe Eduardo
Por Felipe Eduardo
08/05/2025, 13:14
Atualizado há cerca de 24 horas
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Há duas semanas, a PF deflagrou uma operação que revelou um esquema de fraude no INSS (Foto: Reprodução/Redes Sociais)Há duas semanas, a PF deflagrou uma operação que revelou um esquema de fraude no INSS (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou nesta quinta-feira (8) o bloqueio de novos descontos em empréstimos consignados para aposentados e pensionistas. A decisão foi tomada pelo presidente do órgão, Gilberto Waller Júnior, em cumprimento a uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU), que, em decisão unânime, manteve a suspensão dos descontos relacionados a associações nos benefícios previdenciários.

"Determino o bloqueio dos benefícios para averbação de novos descontos de empréstimo consignado, para todos os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social, independente da data de concessão do benefício", afirmou Waller em despacho oficial.

O bloqueio ocorre após a deflagração de uma operação da Polícia Federal, há cerca de duas semanas, que revelou um esquema de fraude envolvendo associações e o INSS. Segundo as investigações, aposentados e pensionistas estavam sendo filiados compulsoriamente a associações, tendo valores descontados automaticamente de seus benefícios sem qualquer autorização prévia.

Com base em estimativas preliminares, aproximadamente 4,1 milhões de aposentados podem ter sido vítimas do golpe, resultando em um prejuízo que pode chegar a R$6,3 bilhões.

O Governo Federal já havia determinado a suspensão dos descontos após a revelação do escândalo. No entanto, o INSS e as associações envolvidas recorreram da decisão no TCU, que rejeitou todos os recursos apresentados.

A medida do INSS tem como objetivo proteger os beneficiários de novos prejuízos enquanto as investigações continuam. A expectativa é que o bloqueio se mantenha até que sejam estabelecidos novos mecanismos de controle e autorização para os descontos nos benefícios previdenciários.

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