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Por Felipe Eduardo
O governador Jorginho Mello (PL) recebeu nesta segunda-feira (25) executivos da Coamo, maior cooperativa agroindustrial do Brasil, para anunciar a construção do oitavo porto de Santa Catarina. O empreendimento será instalado em Itapoá, no Norte do estado, com previsão de início das operações em 2030.
O projeto prevê um investimento de R$3 bilhões em uma área de 43 hectares, com três berços de atracação e capacidade de movimentar 11 milhões de toneladas de cargas por ano. Além disso, devem ser gerados 2 mil empregos durante a fase de obras e cerca de 1 mil postos de trabalho permanentes quando o porto estiver em funcionamento.
O governador destacou a importância da iniciativa para a economia catarinense.
"Eu não tenho dúvida que será um passo gigantesco para Santa Catarina. Nós vamos para o oitavo porto. Veja bem o tamanho que nós somos e a quantidade de portos. Nós somos o campeão do Brasil. Isso para Santa Catarina é música. É uma conquista maiúscula", afirmou Jorginho Mello.
A Coamo já opera em Paranaguá (PR), mas enfrenta gargalos logísticos com filas no escoamento da produção de grãos como soja, milho e trigo, de seus 32 mil cooperados. Para o presidente executivo da cooperativa, Airton Galinari, a escolha de Santa Catarina se deve ao ambiente favorável para investimentos.
"Esse é um sonho dos nossos produtores. Já temos dois terminais em Paranaguá, mas sentimos a necessidade de expansão. O projeto de Itapoá é diferente, amadurecido ao longo de quase 10 anos, e encontra em Santa Catarina infraestrutura em expansão, como a dragagem da Baía da Babitonga e a duplicação da SC-416 e SC-417. Isso foi decisivo para a escolha" explicou Galinari.
O secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins, ressaltou que o empreendimento reforça a vocação logística do estado.
"Santa Catarina já era o único estado do Brasil com seis portos. Agora, com o Terminal Graneleiro de Santa Catarina em pré-teste e a chegada da Coamo, seremos oito. Isso é muito significativo e mostra a força do nosso estado no comércio exterior", disse.