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Por Gilmar Bortese
Saiu a tão esperada fumaça branca da chaminé da Capela Sistina nesta quinta-feira (8), indicando ao mundo que o conclave terminou e a Igreja Católica tem um novo Papa. O sinal, carregado de tradição e simbolismo, foi recebido com emoção pelos cerca de 15 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.
O novo pontífice, cujo nome será revelado em instantes, sucede o Papa Francisco, falecido no último dia 21 de abril, aos 88 anos. O argentino Jorge Mario Bergoglio ocupava o trono de São Pedro desde 2013 e foi o primeiro Papa latino-americano da história. Sua morte marcou o fim de uma era e deu início ao processo que culminou no conclave atual.
O cardeal eleito é um dos 133 purpurados com menos de 80 anos que participaram da votação — os únicos com direito a voto e também elegíveis ao cargo. Ele conquistou, ao menos, dois terços dos votos (89 indicações), conforme exige o protocolo milenar da Igreja.
Seguindo a tendência dos últimos conclaves, o processo de escolha foi rápido. Assim como em 2013 (Papa Francisco) e 2005 (Papa Bento XVI), a decisão foi alcançada no segundo dia de votações, reforçando uma mensagem de consenso e união entre os cardeais. Nos últimos dez conclaves, nenhum se estendeu por mais de cinco dias.
A rápida definição do novo líder reforça a estabilidade interna da Igreja Católica, que hoje conta com cerca de 1,4 bilhão de fiéis em todo o mundo. O nome escolhido terá como missão guiar espiritualmente essa imensa comunidade, além de enfrentar os desafios contemporâneos que envolvem a fé, a justiça social, a crise ambiental e o diálogo inter-religioso.
Nas próximas horas, o mundo conhecerá o novo Papa, quando o cardeal protodiácono aparecerá na sacada da Basílica de São Pedro e anunciará ao mundo o tradicional “Habemus Papam”, seguido pela primeira bênção do novo pontífice.