
Os presidentes dos Estados Unidos e da China definiram um novo roteiro de reaproximação entre as duas potências após uma reunião de duas horas realizada nesta quarta-feira (30), no sul da Península Coreana. O encontro marcou uma tentativa de aliviar a guerra comercial iniciada ainda nos primeiros anos do governo norte-americano, além de retomar o diálogo diplomático em temas estratégicos.
Como principal resultado da reunião, o presidente norte-americano anunciou a redução das tarifas impostas à China de 10% para 20%. Em contrapartida, o governo chinês se comprometeu a reforçar o combate ao tráfico de fentanil com destino aos Estados Unidos — substância responsável por uma crise de overdose no país.
“Foi uma reunião incrível. Acredito que vão nos ajudar com o fentanil”, afirmou o presidente norte-americano, ao retornar a Washington a bordo do Air Force One.
Outro ponto importante tratado em Busan foi a importação de soja norte-americana pela China, tema que havia gerado atritos entre os dois países. Donald Trump destacou que Pequim deve retomar a compra do produto, interrompida em maio, como parte das medidas de boa vontade adotadas pelo governo chinês.
Já o mercado de terras raras — minerais estratégicos usados na fabricação de componentes eletrônicos e energéticos — também entrou na pauta. O presidente norte-americano afirmou que “não há mais restrições” por parte da China e elogiou o avanço nas negociações. “As equipes dos dois países continuarão os trabalhos para garantir o fornecimento estável desses materiais essenciais”, declarou.
Embora a questão de Taiwan não tenha sido incluída na agenda oficial, o presidente norte-americano adiantou que o tema poderá ser tratado em encontros futuros, dependendo da disposição de Pequim em abordar o assunto.
O novo diálogo entre os governos de Washington e Pequim é visto por analistas como um passo importante para a redução de tensões comerciais e a estabilização das relações econômicas globais.