O deputado federal Rafael Pezenti (MDB) representa os fumicultores brasileiros na Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, a COP 11, realizada pela Organização Mundial da Saúde. O encontro iniciou na segunda-feira (17) em Genebra, na Suíça, e segue até 22 de novembro, reunindo delegações de mais de 180 países para discutir o futuro da cadeia produtiva do tabaco.
As políticas de restrição à produção, ao consumo e à comercialização do tabaco e seus derivados devem dominar os debates. Para Pezenti, é fundamental que a discussão avance com responsabilidade e equilíbrio.
“O futuro da fumicultura está em jogo, as pessoas continuariam fumando mesmo se parássemos de plantar tabaco no Brasil, mas perderíamos uma receita bilionária. É preciso combater o tabagismo, que faz mal à saúde, mas não combater o fumicultor. Precisamos de mais luz, e menos calor nesse debate”, afirmou o parlamentar.
Setor estratégico para a economia
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de tabaco e líder nas exportações há mais de três décadas, enviando para o exterior mais de 90% de tudo o que produz. Em Santa Catarina, a cultura está presente em 184 municípios e envolve cerca de 188 mil pessoas, com forte impacto na agricultura familiar.
Reconhecida como uma das principais fontes de renda no meio rural, a cadeia produtiva do tabaco também tem peso significativo na arrecadação federal, gerando aproximadamente R$17 bilhões em impostos por ano.
Durante a COP 11, Pezenti pretende reforçar a importância econômica e social da fumicultura, além de defender políticas que considerem os impactos diretos aos produtores e à sustentabilidade do setor.
