
















Com o fim do ano se aproximando, o 13º salário é tradicionalmente visto por muitas famílias brasileiras como uma oportunidade extra de reorganizar as finanças. Mas o momento exige atenção. Dados recentes mostram que boa parte dos lares vive com orçamento apertado.
O panorama do endividamento no BrasilDe acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a proporção de famílias com contas a vencer atingiu 76,1% em janeiro de 2025. No entanto, ainda que o número de endividados tenha recuado ligeiramente em comparação com meses anteriores, o comprometimento da renda das famílias com dívidas segue alto: em média, cerca de 30% dos ganhos mensais são destinados a pagamentos de obrigações.
Além disso, 20,8% dos lares entrevistados declararam destinar mais da metade da renda mensal ao pagamento de dívidas — o maior percentual desde maio de 2024. Esse contexto revela um dilema para quem receberá o 13º salário: priorizar o consumo de fim de ano pode agravar o aperto financeiro, especialmente para quem já convive com dívidas ou compromissos mensais elevados.
Como o 13º salário pode ajudar
Para muitos, o 13º salário pode significar uma chance de aliviar o orçamento e começar 2026 com maior equilíbrio. A seguir, algumas diretrizes que podem fazer do bônus algo estratégico:
Quitar dívidas com juros altos — como cartão de crédito e cheque especial — pode ser a melhor “aplicação” imediata: reduzir encargos e evitar o acúmulo de novos juros.
Constituir ou reforçar reserva de emergência — reservar pelo menos parte do valor para imprevistos (saúde, manutenção da casa ou do veículo) dá mais segurança diante de possíveis crises.
Planejar despesas de 2026 desde já — considerar pagamentos fixos, metas mensais e orçamento da família pode evitar descontrole financeiro no próximo ano.
Consumir com moderação ou priorizar necessidades reais — se optar por compras ou lazer, manter o equilíbrio e evitar parcelamentos exagerados.