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Servidores da Celesc em greve; 90% dos trabalhadores entraram na paralisação

A paralisação é por conta das alterações no pagamento da Participação nos Lucros e Resultados – PLR

Gilmar Bortese
Por Gilmar Bortese
13/08/2024, 19:00
Atualizado há 2 meses
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Trabalhadores não concordam com a forma de divisão de lucros da companhia  (Foto: Mauricio Vieira / Secom)Trabalhadores não concordam com a forma de divisão de lucros da companhia (Foto: Mauricio Vieira / Secom)

Os trabalhadores da Central Elétrica de Santa Catarina (CELESC) iniciaram greve na manhã desta segunda (12). A motivação da greve são as alterações propostas pela empresa no pagamento da Participação nos Lucros e Resultados – PLR. Devido a isso, servidores foram afetados, principalmente os que possuem salários mais baixos, como atendentes e eletricistas de campo, disse o dirigente sindical do Sindicado dos Eletricistas no Oeste, Marlon Antônio Gasparim. 

- A greve é pela insatisfação dos trabalhadores com a proposta apresentada pela empresa para a divisão da participação dos lucros da companhia. Todo o ano os trabalhadores recebem quando atingem as metas fixadas pela concessionária. Essa participação vem sofrendo alterações, mas neste ano, a proposta faz uma alteração significativa, diminuindo consideravelmente a proporção de pessoas que tem salários mais baixos. Esse valor que é diminuído é repassado para aquelas pessoas com cargos com salários mais altos e isso se torna injusto – explica o sindicalista. 

Veja abaixo a nota de esclarecimento da Celesc

A Celesc informa que, com o objetivo de estimular o diálogo e o aperfeiçoamento dos critérios da Participação nos Lucros e Resultados, a Diretoria da Companhia apresentou aos sindicatos de classe uma sugestão inicial de metodologia para a distribuição da PLR, visando estimular ainda mais o engajamento e a satisfação de todos os empregados.

A companhia informa que, no dia 02 de agosto, encaminhou convite a todos os sindicatos para discussão de uma nova metodologia de distribuição da PLR, com reunião para o dia 06 de agosto.
Contudo, ainda no dia 03 de agosto já foi anunciado pelo grupo sindical da Intercel (que representa uma parte dos empregados – incluindo atendentes comerciais e eletricistas) uma greve por tempo indeterminado, sem antes dialogar com a empresa.

No dia 6 de agosto houve o encontro inicial, porém, a Intercel saiu da reunião sem discutir a pauta de forma conjunta. No dia 7 de agosto foram feitas reuniões separadas com os dois grupos sindicais, sendo que a Intercel manifestou que não aceitaria qualquer proposta de modificação na forma de distribuição da PLR, porém o grupo formado pela Intersindical, (Sindicato dos Engenheiros, dos Técnicos Industriais, dos Economistas, dos Químicos, dos Contabilistas e dos Advogados) manifestou interesse em continuar as discussões e não entrou em greve.

Na continuação das tratativas, na última sexta-feira, dia 9, foi enviada uma proposta formal buscando avançar nas negociações da PLR, com convite para reunião na próxima terça-feira, dia 13.
Nesta proposta fica assegurada uma parcela mínima de R$ 4 mil para cada empregado da Celesc, independentemente da sua categoria, incluindo atendentes comerciais e eletricistas, parcela a ser paga no mês de outubro deste ano.

A Celesc acredita que um diálogo positivo e aberto, certamente contribuirá para um resultado que atenda o melhor interesse de todos os Celesquianos. A Empresa mantém o firme propósito do pagamento da PLR 2024, com valores nos mesmos patamares de 2023, podendo atingir até R$ 56 milhões, com base no atingimento de todas as metas convencionadas.

A Companhia informa que a paralisação entre sua força de trabalho não é integral e, infelizmente, atinge principalmente as posições de atendimento ao consumidor. Reforça ainda o desejo de que, com a manutenção do diálogo franco, esta situação seja superada em breve a fim de que a Celesc continue a fazer o que sempre fez: atender bem a todos os catarinenses.

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