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Por Felipe Eduardo
O Vaticano se prepara para um dos momentos mais importantes da Igreja Católica, o conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco começa nesta quarta-feira (7). Segundo cardeais que participarão da eleição, a expectativa é que a votação dure de dois a três dias, tempo médio das dez últimas edições, nenhuma delas ultrapassando cinco dias. As eleições mais recentes, que levaram Bento XVI ao papado em 2005 e Francisco em 2013, foram decididas em apenas dois dias.
Durante o conclave, os 133 cardeais eleitores permanecem isolados na chamada “zona de conclave”, no interior do Vaticano, e fazem um juramento de segredo absoluto sobre o processo. As votações acontecem na Capela Sistina, sob os célebres afrescos de Michelangelo, em um cenário carregado de tradição e simbolismo.
Para que um novo papa seja eleito, são necessários ao menos dois terços dos votos, ou seja, 89 entre os 133 cardeais. As cédulas de votação são queimadas após a contagem, onde da chaminé da Capela Sistina sai a famosa fumaça preta (sem decisão) ou branca (papa eleito), que sinaliza o andamento do processo ao público reunido na Praça São Pedro.
Até quatro votações podem ser realizadas por dia, duas pela manhã e duas à tarde. Caso não haja definição após três dias, uma pausa de 24 horas é feita para orações. Se, mesmo assim, não houver consenso após mais sete votações, outra pausa pode ser convocada. Se o impasse persistir após 34 rodadas, os dois cardeais mais votados passam a disputar um “segundo turno”, ainda assim, mantendo a exigência de dois terços dos votos.
Apesar das regras para cenários prolongados, a previsão entre os cardeais é de que o conclave deste ano seja resolvido rapidamente, encerrando-se em, no máximo, três dias. A expectativa mundial está voltada para o Vaticano, onde será decidido o nome que conduzirá a Igreja Católica pelos próximos anos.