Por Gilmar Bortese
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, preste depoimento à Polícia Federal (PF) em até 15 dias para esclarecer suas declarações sobre o contato entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Moraes considerou que as declarações de Jorginho Mello podem indicar uma possível violação às medidas cautelares impostas pelo STF.
Em entrevista nesta semana, Jorginho Mello afirmou que Valdemar "conversa muito" com Bolsonaro:
— Nosso presidente (do PL) conversa muito com o Bolsonaro, que é nosso presidente de honra. Espero que daqui a pouco eles possam conversar na mesma sala para se ajudarem ainda mais — disse o governador
Moraes afirmou que a declaração "indica possível violação às medidas cautelares impostas por esta Suprema Corte" e determinou a apuração.
"Dessa maneira, para que os fatos sejam apurados, DETERMINO que a Polícia Federal proceda a oitiva do Governador do Estado de Santa Catarina, Jorginho Mello, no prazo de 15 (quinze) dias, para esclarecimentos sobre as suas declarações na entrevista que concedeu ao programa televisivo", determinou Moraes nesta sexta-feira.
Bolsonaro e Valdemar foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por participarem de uma suposta investida golpista após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022. Mesmo antes do indiciamento, contudo, após uma das fases da investigação, em fevereiro de 2024, Moraes já havia determinado que os alvos não mantivessem nenhum tipo de contato entre si.
