Por Gilmar Bortese
O Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar as denúncias contra o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), relacionadas a comentários feitos durante a abertura da festa tradicional de Pomerode, no Vale do Itajaí. O caso gerou repercussão após o político afirmar que o município se destacava pela “cor da pele das pessoas”. O arquivamento das denúncias ocorreu em 5 de fevereiro de 2025.
A fala do governador foi registrada durante a celebração das tradições germânicas de Pomerode, considerada a “cidade mais alemã do Brasil”. Mello, ao elogiar as características do município, mencionou que a cidade era notável, entre outros aspectos, pela cor de pele de sua população.
Pomerode, que possui 34 mil habitantes, conforme o Censo 2022, apresenta 80,4% de sua população como branca e 19,4% como preta ou parda.
A repercussão foi imediata, com diversas representações sendo enviadas ao MPF. O Conselho de Ética do PT de Sapucaia do Sul (RS), o PT e o PSOL catarinenses foram os responsáveis por formalizar as denúncias. Além disso, o Partido dos Trabalhadores encaminhou o caso também ao Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e ao Ministério dos Direitos Humanos.
O MPF, no entanto, não seguiu com a investigação. No despacho de arquivamento, o órgão federal observou que as representações foram baseadas na fala de Mello, mas não encontraram fundamento para prosseguir com as acusações.
Após o arquivamento, o governador Jorginho Mello se manifestou nas redes sociais, onde criticou as acusações feitas contra ele. Em sua postagem, o político afirmou: "Me ofenderam, me chamaram de racista e insistem em falar mal do nosso Estado. É Inveja! Somos o Estado mais seguro, referência em todas as áreas. A resposta veio rápida!"
