“Precisamos fiscalizar o produto que vem de fora", diz presidente do Sindileite

Selvino Giesel participou do programa Radar e comentou sobre a crise no setor leiteiro

Felipe Eduardo Zamboni
Por Felipe Eduardo Zamboni
13/09/2023, 13:13
Atualizado há 8 meses
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Importação de leite vem assombrando produtores brasileiros (Foto: Reprodução/RCO)Importação de leite vem assombrando produtores brasileiros (Foto: Reprodução/RCO)
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A crise do leite é um dos principais assuntos comentados em Santa Catarina. Na manhã desta quarta-feira (13) o presidente do Sindileite SC, Selvino Giesel, participou do programa Radar e comentou a dificuldade econômica que aflige os produtores brasileiros.

Segundo ele, o Brasil registra aumentos sucessivos de produção, mas a competitividade com a Argentina e o Uruguai deixa o setor de leite brasileiro para trás devido a tarifa de importação dos países vizinhos ser zero, viabilizando a entrada desenfreada de produtos lácteos no país.

“Digamos que estamos com a tempestade perfeita para criar um problema. O acordo do Mercosul do livre comércio criado em 1994 prevê que o leite não tem taxação quando vem de fora, mas agora na renovação em 2030 precisam ser analisadas”, disse ele.

Giesel levantou a questão que a Argentina tem a “salvaguarda” do açúcar, onde o protege o produtor deles, enquanto o Brasil não conta com isso. O presidente do Sindileite comenta que há formas de dificultar um pouco a importação de outra maneira.

“Seria importante saber se a legislação trabalhista da Argentina e Uruguai é a mesma da nossa. Também a legislação ambiental e tributária. Enfim, se as condições que o produtor de lá tem são as mesmas que as nossas. Precisamos fiscalizar se o produto que vem de lá tem as exigências que tem aqui”, finaliza Giesel.

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