
Em uma decisão considerada estratégica para o desenvolvimento rural, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina aprovou nesta terça-feira (09) o Programa Coopera Agro SC, iniciativa do Governo do Estado articulada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape). O projeto foi construído para ampliar o acesso ao crédito, fortalecer cooperativas e agroindústrias e elevar a competitividade do agronegócio catarinense.
O programa autoriza a criação de até dez linhas de financiamento que, somadas, chegam a R$1 bilhão. Os recursos serão destinados a produtores vinculados a cooperativas e integradoras. Entre os diferenciais estão as condições de pagamento mais favoráveis, com taxa de juros aproximada de 9% ao ano e prazo de até dez anos, incluindo dois anos de carência.
A estrutura financeira do Coopera Agro SC será viabilizada por meio da parceria entre o Governo do Estado e o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), utilizando a aquisição de Letras Financeiras com vencimento em dez anos. Pela composição do programa, R$200 milhões serão aportados pelo Estado e outros R$800 milhões virão do setor privado. Além disso, o governo poderá liberar créditos acumulados de ICMS, até o limite de 50% dos investimentos realizados.
Com expectativa de impacto econômico de R$26 bilhões e geração de aproximadamente 40 mil empregos diretos e indiretos, o programa deve alcançar mais de 120 mil produtores rurais. Para o governador Jorginho Mello, a aprovação representa um passo importante para fortalecer o setor.
“A aprovação do Coopera Agro SC pela Assembleia Legislativa é um avanço para a nossa agricultura. Significa mais renda e oportunidades para impulsionar ainda mais a força do nosso campo e de toda cadeia produtiva”, afirma o governador Jorginho Mello.
O secretário da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, destaca que o Coopera Agro SC nasce como uma resposta às limitações históricas do crédito rural, marcado por custos elevados.
“O Coopera Agro SC marca um novo patamar de apoio ao agronegócio catarinense. Estamos criando um ambiente mais favorável para que agricultores, cooperativas e agroindústrias possam investir com segurança e crescer", aponta o secretário.
A coordenação do programa ficará sob responsabilidade da Sape, com suporte da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF) e da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan).







