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Por Felipe Eduardo
A Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina) anunciou o calendário oficial de semeadura da soja para a safra 2025/2026, conforme determinação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Portaria n.º 1.271, publicada em 5 de maio deste ano.
A definição das datas ocorre logo após o encerramento do vazio sanitário da soja na Região II de Santa Catarina, que terminou em 21 de setembro. Esse período, em que não é permitida a manutenção de plantas vivas no campo, tem como objetivo interromper o ciclo da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), considerada uma das doenças mais severas e prejudiciais à cultura.
Ampliação do prazo de plantio
Para a próxima safra, a principal mudança está na reorganização territorial e no tempo destinado ao cultivo. O Estado, que antes era dividido em quatro regiões, passa agora a ter apenas duas áreas delimitadas. Além disso, todos os municípios catarinenses contarão com 120 dias para realizar a semeadura, ampliando em 20 dias a janela de plantio em relação às regras anteriores.
Segundo o engenheiro agrônomo Alexandre Mees, gestor do Departamento Estadual de Defesa Sanitária Vegetal (Dedev) da Cidasc, a medida beneficia produtores e fortalece o sistema de defesa sanitária.
“A cada safra a Cidasc levanta informações com o setor produtivo e propõe ao Mapa as datas para vazio sanitário e calendário de semeadura. Eles avaliam as indicações, fazem a análise técnica e buscam os ajustes com as propostas dos estados vizinhos. Nesta safra foi possível a divisão em apenas duas regiões e a ampliação da janela de semeadura para 120 dias em todo o Estado. Antes, parte de Santa Catarina tinha apenas 100 dias para o plantio. Agora, todos têm mais tempo para organizar suas atividades, sem abrir mão da segurança fitossanitária necessária para proteger a soja catarinense”, destacou.
O calendário tem como objetivo reduzir a pressão de inóculo da ferrugem asiática, racionalizar o uso de fungicidas e retardar a resistência do fungo aos produtos disponíveis, garantindo maior segurança para a produção agrícola catarinense.
