
O Brasil registrou pouco mais de 2,38 milhões de nascimentos em 2024, número que representa queda de 5,8% em relação aos 2,52 milhões de 2023. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), esta é a maior redução em 20 anos e marca o sexto ano consecutivo de recuo nos registros de nascimento.
A pesquisa Estatísticas do Registro Civil, divulgada nesta quarta-feira (10), mostra que o país teve médias de 198 mil nascimentos por mês, 6,6 mil por dia e 4,5 crianças por minuto. Março foi o mês com maior volume, com 215,5 mil nascidos, seguido por maio, abril e janeiro. Novembro e dezembro ficaram com os menores números.
O levantamento aponta ainda que nasceram mais meninos que meninas em 2024, mantendo tendência histórica. Para cada 100 bebês do sexo feminino, houve 105 do sexo masculino.
Os dados também revelam mudanças significativas no perfil das mães brasileiras. Em 2004, 51,7% das mulheres que tiveram filhos tinham até 24 anos. Em 2024, a proporção caiu para 34,6%, sinalizando maternidade cada vez mais tardia.As diferenças regionais são marcantes. Os maiores percentuais de mães com até 19 anos estão no Norte, com destaque para Acre, Amazonas, Maranhão e Pará. Rondônia, Tocantins, Amapá e Alagoas também apresentam índices elevados nessa faixa etária.
Já os estados do Sul, do Sudeste e o Distrito Federal concentram as maiores proporções de mães com mais de 30 anos. O Distrito Federal lidera, seguido por Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.



