Caso Bernardo: Leandro Boldrini é condenado pela morte do filho
Bernardo foi morto em abril de 2014, após receber uma superdosagem de sedativo
Leandro Boldrini, pai de Bernardo Uglione Boldrini, foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão, nesta quinta-feira (23), pela morte do filho de 11 anos, assassinado em 2014 em Três Passos, no Noroeste do estado. A leitura da sentença foi feita pela Juíza, Sucilene Engler Audino.
Após quatro dias de trabalhos, o Conselho de Sentença chegou a um veredicto e entendeu que o réu é culpado pelo homicídio quadruplamente qualificado e por falsidade ideológica. Ele foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver.
Falsidade ideológica - 1 ano de reclusão falsidade
Leandro Boldrini acompanhou o primeiro dia de julgamento, mas, na terça-feira, foi solicitado atendimento médico e ele acabou dispensado de permanecer em plenário. A defesa dele comunicou que o réu não estava em condições de ser interrogado e ele retornou ao Presídio de Ijuí, onde permaneceu nos últimos dias.
Caso
Bernardo Boldrini tinha 11 anos quando desapareceu, em Três Passos, no dia 04 de abril de 2014. Seu corpo foi encontrado dez dias depois, enterrado em uma cova vertical em uma propriedade às margens do rio Mico, na cidade de Frederico Westphalen.
No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, além da amiga, Edelvania Wirganovicz, foram presos. Dias depois, Evandro Wirganovicz foi detido, suspeito de ser a pessoa que preparou a cova onde o garoto foi enterrado.
Primeiro júri e anulação
Em 2019, Leandro foi condenado a 33 anos e 8 meses de prisão (30 anos e 8 meses por homicídio, 2 anos por ocultação de cadáver e 1 ano por falsidade ideológica).
Também foram condenados: Graciele Ugulini (34 anos e 7 meses de reclusão), Edelvania Wirganovicz (22 anos e 10 meses) e Evandro Wirganovicz (9 anos e 6 meses).
No final de 2021, a 1ª Câmara Criminal considerou que houve quebra da paridade de armas durante o interrogatório do médico, anulando o seu julgamento.
Situação atual dos réus
O réu Leandro Boldrini está preso preventivamente desde 14/04/2014. Graciele Ugulini segue presa e tem previsão para progressão de regime para o semiaberto em 09/07/2026. Edelvania Wirganovicz está no regime semiaberto, já Evandro Wirganovicz atualmente segue com livramento condicional.