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Chuvas abaixo da média podem prejudicar desenvolvimento de lavouras no Oeste

SC pode ter La Niña de fraca intensidade entre fevereiro e abril de 2025

Gilmar Bortese
Por Gilmar Bortese
14/01/2025, 17:15
Atualizado há 3 dias
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Lavouras da segunda safra já enfrentam déficit hídrico (Foto: Ricardo Wolffenbüttel/ Arquivo/ Secom)Lavouras da segunda safra já enfrentam déficit hídrico (Foto: Ricardo Wolffenbüttel/ Arquivo/ Secom)

A ocorrência do fenômeno La Niña pode trazer impactos significativos para a agricultura em Santa Catarina, especialmente no Oeste do estado. De acordo com os meteorologistas da Epagri/Ciram e da Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil (SDC), o La Niña deve ser de fraca intensidade e curta duração, mas ainda assim pode provocar chuvas irregulares e reduzir os acumulados de chuva na região.

“Embora os impactos tradicionais do La Niña sejam menos prováveis, ainda são esperadas influências nas condições climáticas no decorrer do verão e início do outono”, alertam os meteorologistas. 
Impactos na agricultura

A condição de estiagem leve, que se observa no Oeste de Santa Catarina desde o final de dezembro, pode prejudicar o desenvolvimento adequado da soja de segunda safra na região. É o que afirma Haroldo Tavares Elias, analista de socioeconomia da Epagri/Cepa. Ele relata que as lavouras já estabelecidas para a segunda safra do grão enfrentam déficit hídrico. 

Haroldo recomenda que os agricultores permaneçam atentos à previsão do tempo, especialmente no que se refere à probabilidade de chuva para os próximos 15 dias. Assim, eles podem buscar o melhor cenário para dar continuidade à semeadura da soja, que fica extremamente condicionada à umidade no solo. “Ainda estamos dentro da janela ideal de semeadura, que, em decorrência da falta de chuva, pode sofrer atraso e reduzir o potencial produtivo da cultura”, afirma o analista da Epagri/Cepa.  

Já a cultura do milho, que segundo Haroldo que está praticamente definida, sofreu pouco impacto com a leve estiagem. “As primeiras colheitas indicam produtividade satisfatória e uma produção dentro da normalidade”, afirma.

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