Por Henrique Paulo
Na última sexta-feira (5), um homem foi condenado a 32 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado e a quatro meses e 28 dias de detenção por ameaça e lesões corporais. O crime aconteceu em Águas Frias, em novembro de 2020.
No julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu as qualificadoras de motivo fútil, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Além disso, foram admitidas causas de aumento porque o homicídio ocorreu na presença da filha de três anos do casal e mediante descumprimento de medidas protetivas em favor da vítima. A sentença determinou ainda o pagamento de indenização aos familiares da ofendida, no valor de R$ 100 mil.
Conforme a denúncia, a mulher foi ameaçada pelo ex. Em 23 de outubro do mesmo ano. Nessa última data, o agressor causou lesões corporais na vítima com socos e empurrões. Foi nessa ocorrência que ela pediu medidas protetivas, solicitação deferida em 4 de novembro seguinte.
Ciente da proibição de se aproximar da ex-companheira e de sua residência, com distância mínima de 100 metros, e de fazer contato de qualquer natureza, no dia 7 de novembro de 2020 o acusado foi até a residência da mulher, com a desculpa de ver a filha, e atacou a mulher com golpes de faca. Ele fugiu em um carro que o aguardava próximo ao local. A prisão aconteceu alguns dias depois.
