Após dois dias de julgamento, irmãos são condenados em 240 anos de prisão
Eles foram acusados de cometer ao menos dez crimes em Campo Erê
Após aproximadamente 24 horas de julgamento em dois dias, os irmãos Joel e Leodir Mayer foram condenados a 240 anos de prisão cada um em regime inicial fechado e a indenizar em R$100 mil os familiares de cada vítima morta, em R$50 mil cada uma das três vítimas vivas com ferimentos e em R$20 mil as três que não tiveram ferimentos.
Eles estavam sendo acusados de quatro homicídios e outras seis tentativas. A chacina aconteceu no dia 21 de janeiro de 2023 na Linha Doze de Novembro, interior de Campo Erê. Um dos réus, instigado pelo irmão, munido de uma espingarda, foi até um bar local e matou a proprietária e sua filha. Na sequência, na residência aos fundos do bar, ele matou mais duas pessoas, dentre as vítimas um idoso de 63 anos. Outras seis pessoas estavam no local, mas sobreviveram ao ataque.
A motivação dos crimes foi vingança pelo suicídio do irmão dos acusados, que tinha ocorrido na tarde do mesmo dia, cuja culpa os réus atribuíram à esposa deste. O objetivo do ataque era matar a cunhada, mas como ela não estava no local, seus familiares e amigos foram vitimados.
Ao fim da sessão, a sentença foi lida pela juíza presidente do Tribunal do Júri e os réus restaram condenados por quatro homicídios e seis tentativas, todos qualificados por motivo fútil, perigo comum e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
"Este julgamento representa uma vitória da sociedade contra a impunidade. Nossa atuação neste caso teve como objetivo honrar a memória das vítimas e dar voz às famílias que clamam por justiça. Trabalhamos com dedicação para garantir que os responsáveis por esse ato bárbaro fossem responsabilizados, mostrando que o direito à vida é inegociável. Esperamos que este desfecho traga não apenas a sensação de justiça, mas também um alerta para que atrocidades como essa jamais se repitam. Continuaremos firmes na luta pela proteção dos direitos e pela construção de uma sociedade mais justa e humana", ressaltou a Promotora de Justiça Susane Ramos.