Rádio Centro Oeste
Cotações

Dólar
R$ %

Euro
R$ %

Rodovias federais em SC enfrentam incertezas com cortes no orçamento de 2025

Entidades industriais alertam para risco de paralisações e defendem soluções alternativas

Felipe Eduardo
Por Felipe Eduardo
11/04/2025, 13:14
Atualizado há 7 dias
WhatsappFacebookTwitterTelegram
BR 158 tem 40% do trecho precisando de manutenção e obras de melhorias (Foto: Ricardo Saporiti)BR 158 tem 40% do trecho precisando de manutenção e obras de melhorias (Foto: Ricardo Saporiti)

A malha rodoviária federal de Santa Catarina, vital para o escoamento da produção industrial e agrícola do estado, vive mais um momento de incertezas. A recente reunião promovida pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) evidenciou as preocupações com o corte de R$2 bilhões no orçamento nacional de 2025, segundo informações do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

Egídio Antônio Martorano, presidente da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc, ressaltou a urgência de uma repactuação que contemple as obras prioritárias com base em estudos técnicos contratados pela entidade.

"Esperamos que o governo federal absorva as sugestões do nosso estudo técnico. O que foi originalmente proposto não garante a eficiência mínima para os corredores logísticos", afirmou.

As rodovias BR-163 e BR-158 foram objeto de uma análise detalhada feita pelo consultor Ricardo Saporici. O relatório apontou trechos críticos no extremo oeste do estado e reforçou a importância da continuidade dos investimentos. Entre os pontos destacados está a deteriorada via de acesso ao centro de São Miguel do Oeste, além da interseção da BR-163 com a BR-282, crucial para a ligação com a Argentina.

Apesar do cenário orçamentário desfavorável, o superintendente regional do DNIT, Alisson Rodrigo de Andrade, demonstrou otimismo. Segundo ele, 80% dos 1.600 km de rodovias sob responsabilidade do órgão estão em boas condições, o que permite focar em obras de expansão.

O encontro também reforçou a necessidade de buscar alternativas estruturais, como concessões e parcerias público-privadas (PPPs), para viabilizar projetos complexos, como a duplicação do Morro dos Cavalos. Martorano criticou a repetição anual dos mesmos entraves:

“Ano após ano, enfrentamos as mesmas restrições fiscais. Precisamos buscar independência em relação ao governo federal, como foi feito com a PPP na Baía da Babitonga”.

Relacionadas:

Ouça ao vivo