Dados do IBGE apotam Santiago do Sul com maior proporção de autistas e Jardinópolis sem nenhum caso
Ao todo Santa Catarina tem 91.588 pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista

Santa Catarina tem 91.588 pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o que representa 1,2% da população residente do estado, proporção idêntica à nacional.
Os dados são de um levantamento inédito do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgado na sexta-feira (23), com base no Censo Demográfico de 2022. A inclusão do quesito sobre autismo foi viabilizada pela Lei nº 13.861/2019.
O estado catarinense possui a nona maior população autista do país, em um cenário onde mais de 2,4 milhões de brasileiros declararam ter recebido diagnóstico de TEA feito por profissionais de saúde. No total, 78.044 domicílios catarinenses possuem ao menos um morador autista, o equivalente a 2,8% das casas.
Santiago do Sul: pequena em população, grande em representatividade
Com apenas 1.651 habitantes, o municípiode Santiago do Sul se destaca por ter a maior proporção de pessoas diagnosticadas com autismo do estado, com 2,9% dos moradores. O índice supera, inclusive, as capitais Florianópolis e Joinville, que lideram em números absolutos, com 7.227 e 8.617 pessoas diagnosticadas, respectivamente.
Jardinópolis: um dos dois únicos municípios sem registros
Na contramão, Jardinópolis está entre as duas únicas cidades catarinenses (ao lado de São Bonifácio) que não registraram nenhum morador com diagnóstico de TEA. A ausência de registros pode levantar questões sobre subnotificação, acesso ao diagnóstico ou outras barreiras regionais.
Perfil demográfico
A distribuição por gênero segue o padrão nacional: em Santa Catarina, 62,6% das pessoas diagnosticadas com autismo são do sexo masculino (57.368) e 37,4% do sexo feminino (34.221). O índice masculino é ligeiramente superior ao nacional, de 59,9%.
Crianças com até 9 anos representam 27,7% do total catarinense, um pouco acima da média brasileira (25,5%). Já mais da metade (53,1%) tem até 24 anos e 12,2% são idosos acima dos 60 anos — com destaque para cinco centenários registrados.