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ASSISTA! Corpo escondido: irmãos viviam com pai morto

Segundo a investigação, o cadáver estava no local há seis meses

Henrique Paulo
Por Henrique Paulo
22/05/2025, 19:54
Atualizado há cerca de 13 horas
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Local onde morador estava deitado em decomposição (Foto: Polícia Civil)Local onde morador estava deitado em decomposição (Foto: Polícia Civil)

Dois irmãos foram presos em flagrante nesta quarta-feira (21) na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro, após a Polícia Civil encontrar o corpo do pai deles, um idoso de 88 anos, em estado avançado de decomposição dentro da residência da família. Segundo a investigação, o cadáver estava no local há pelo menos seis meses.

A investigação também apura se houve fraude financeira, como o uso indevido de benefícios ou valores em nome do senhor, e não descarta a hipótese de homicídio.

Denúncia de vizinhos

Os agentes chegaram ao local após denúncias de vizinhos que relataram não ver o homem, havia muito tempo. Ao entrarem no imóvel, a equipe se deparou com o corpo em um dos quartos, em avançado estado de decomposição.

Ainda de acordo com os investigadores, os irmãos demonstraram resistência à abordagem. Um deles chegou a entrar em luta corporal no momento da prisão.

Possível motivação financeira

Durante a operação, foram encontrados diversos bens aparentemente novos dentro da residência. Isso levantou a suspeita de que os filhos estariam se beneficiando financeiramente da morte do familiar, possivelmente continuando a receber pensões ou outros auxílios em nome do falecido.

"É um caso muito intrigante e macabro. Estamos analisando a motivação deste crime, se houve uma intenção financeira e se o idoso recebia algum benefício governamental", afirmou o delegado Felipe Santoro, responsável pelo caso.

Exames periciais

O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML), onde passará por exames periciais que deverão indicar a causa da morte e o tempo exato do óbito.

Hospitalizados

Após a prisão, os dois envolvidos foram encaminhados para uma unidade hospitalar, onde permanecem internados sob cuidados médicos. Segundo Santoro, há indícios de transtornos psicológicos em ambos.

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