Santa Catarina reforça ações de imunização contra o HPV

Nesta quarta-feira, 26 de março, é celebrado o Dia Mundial da Prevenção do Câncer de Colo do Útero, uma das neoplasias mais frequentes entre as mulheres no Brasil. Em Santa Catarina, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) destaca a importância da vacina contra o HPV como a principal forma de prevenção, além de reforçar a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) para diagnóstico e tratamento da doença.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 880 novos casos da doença no estado em 2025. O HPV é a principal causa do câncer cervical, e sua infecção crônica pode resultar em lesões precursoras do tumor. Embora o organismo muitas vezes elimine o vírus naturalmente, a prevenção por meio da vacina continua sendo essencial.

Disponível gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a vacina contra o HPV é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos. Desde abril de 2023, a imunização passou a ser aplicada em dose única, ampliando a proteção. O Ministério da Saúde também expandiu a faixa etária de vacinação para adolescentes e jovens adultos de 15 a 19 anos, bem como para grupos especiais, incluindo pacientes imunossuprimidos e pessoas vivendo com HIV/Aids, que podem receber a vacina até os 45 anos.

A prevenção também envolve outras estratégias, como o uso de preservativos e a realização regular do exame Papanicolau, essencial para detectar alterações celulares precoces que podem evoluir para o câncer. O exame permite o tratamento antecipado, aumentando as chances de cura.

O desenvolvimento da doença está associado a fatores de risco como tabagismo, imunossupressão, múltiplos parceiros sexuais e a ausência de preservativos. Em estágios iniciais, o câncer pode ser assintomático, mas em casos avançados pode causar corrimento vaginal anormal, sangramento e dores pélvicas. Diante de qualquer sintoma, é fundamental procurar atendimento médico imediato.

Através de campanhas de conscientização e ampliação da cobertura vacinal, Santa Catarina busca reduzir a incidência da doença e reforça a importância da prevenção como ferramenta essencial na luta contra o câncer de colo do útero.