Gisele, o caminhoneiro e a fuga sem crime que mobilizou 160 agentes
Caso de aflição ganhou repercussão nacional

A doméstica Gisele Heloísa Alves Silva, de 29 anos, causou preocupação ao desaparecer sem dar notícias. Segundo a polícia, ela informou ao marido que o carro estava sem gasolina e que pegaria uma moto por aplicativo até o trabalho. Mas a história era outra e ganhou repercussão no Brasil.
Câmeras de segurança mostraram que, em vez de seguir para a casa dos patrões, Gisele foi até a Vila Mutirão, em Goiânia. De lá, no dia seguinte, ela fez uma corrida por aplicativo até Aparecida de Goiânia. Depois, embarcou em um ônibus com destino a Guarulhos, mas desembarcou em Santos onde conheceu um caminhoneiro e pediu carona até Palmas, no Tocantins.
Número novo: sumiço calculado
Apesar da aflição da família, a investigação descobriu que Gisele estava com o celular funcionando, mas com um chip novo. Isso levantou a suspeita de que ela sabia da mobilização em sua busca.
Missão resgate: 160 agentes e final feliz
A operação contou com cerca de 160 policiais civis e militares. Gisele foi localizada na boleia do veículo de carga, na região de Itumbiara, sul de Goiás.
Nada de crime, nem briga com o marido
Durante a apuração dos fatos, a delegada Carla de Bem descartou qualquer envolvimento do marido, de 38 anos, que acionou as autoridades ao descobrir o sumiço. “Não há histórico de violência doméstica. Ela afirmou que a decisão de sair foi motivada por dívidas pessoais”, informaram os agentes após o depoimento de Gisele. O caso será arquivado.