Cardeal Leonardo Steiner de Santa Catarina pode suceder papa Francisco
Natural de Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina, o arcebispo de Manaus desponta como um dos favoritos para suceder o papa Francisco

O cardeal Leonardo Ulrich Steiner, de 74 anos, natural de Forquilhinha, no Sul de Santa Catarina, é apontado por especialistas do Vaticano como um dos dois brasileiros com chances reais de suceder o papa Francisco. A possibilidade ganha ainda mais destaque com a proximidade do Conclave, que terá início no próximo dia 7 de maio, na Capela Sistina, no Vaticano.
Steiner fez história ao ser o primeiro cardeal da Amazônia, nomeado pelo próprio papa Francisco em 2022. Sua trajetória na Igreja Católica é marcada pelo compromisso com a educação, a ecologia integral e a justiça social, temas centrais do pontificado atual. Ele é o quinto, entre seis cardeais catarinenses já nomeados pela Igreja, e um dos três que atualmente têm direito a voto no Conclave.
Nascido em 6 de novembro de 1950, Steiner foi ordenado sacerdote em janeiro de 1978, ainda em sua cidade natal. Estudou filosofia e teologia no convento dos Franciscanos de Petrópolis (RJ) e formou-se em filosofia e pedagogia pela Faculdade Salesiana de Lorena (SP). Posteriormente, doutorou-se em filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
A formação acadêmica o levou a atuar em diversos projetos de educação, além de exercer cargos de destaque dentro da estrutura eclesiástica. Entre 1999 e 2003, foi secretário-geral do Pontifício Ateneu Antoniano, em Roma. De volta ao Brasil, assumiu a função de vigário na Paróquia do Senhor Bom Jesus, em Curitiba (PR).
Em 2005, foi nomeado bispo da Prelazia de São Félix do Araguaia (MT) pelo Papa João Paulo II, e em 2011, assumiu a Secretaria-Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). No mesmo ano, foi nomeado bispo auxiliar de Brasília pelo Papa Bento XVI. Já em 2019, foi nomeado arcebispo de Manaus, assumindo uma das dioceses mais estratégicas do país no contexto ambiental e social da Amazônia.
Sua criação como cardeal, em 2022, representou o reconhecimento de seu trabalho pastoral e de sua sintonia com as diretrizes do papa Francisco, especialmente nas questões ligadas à proteção da Amazônia e ao cuidado com os mais pobres.