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Cigarrinha-do-milho segue com altos índices em SC, mas lavouras não têm perdas graves

Monitoramento contínuo mostra estabilidade na população de insetos e ausência do patógeno mais agressivo

Felipe Eduardo
Por Felipe Eduardo
07/04/2025, 17:55
Atualizado há 20 dias
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Número de cigarrinhas-do-milho permanece elevado, mas sem presença de bactéria agressiva (Foto: Divulgação/Epagri)Número de cigarrinhas-do-milho permanece elevado, mas sem presença de bactéria agressiva (Foto: Divulgação/Epagri)
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Santa Catarina continua registrando altos índices da cigarrinha-do-milho nas lavouras, com uma média de 88,4 insetos por armadilha na última semana. Apesar da grande quantidade, o cenário atual é considerado positivo, já que os insetos capturados não apresentaram o espiroplasma do enfezamento-pálido, bactéria considerada uma das mais agressivas para o milho.

Segundo Maria Cristina Canale, pesquisadora da Epagri e coordenadora do programa Monitora Milho SC, embora o fitoplasma do enfezamento-vermelho tenha sido identificado em alguns pontos, sua presença é esporádica. Já os vírus do rayado-fino e do mosaico-estriado aparecem com mais frequência, mas representam menos riscos em comparação às bactérias.

A maioria das lavouras catarinenses está na fase reprodutiva, e os produtores devem seguir atentos à sanidade das plantas. A pesquisadora alerta que agora é o momento ideal para planejar a entressafra, especialmente regulando bem as colheitadeiras para evitar grãos perdidos, que podem germinar e originar o chamado milho tiguera, ponte para a sobrevivência das cigarrinhas no inverno.

Monitora Milho SC

O programa Monitora Milho SC tem papel essencial nesse controle, coletando semanalmente dados em todo o estado. Na última semana, os vírus do rayado-fino e do mosaico-estriado, além do fitoplasma do enfezamento-vermelho, foram encontrados em cidades como Canoinhas, Guatambu, Braço do Norte, Major Vieira e Lages.

Criado em 2021, o Monitora Milho SC é uma iniciativa do Comitê de Ação contra a Cigarrinha-do-milho e Patógenos Associados, envolvendo instituições como Epagri, Udesc, Cidasc, Fetaesc e a Secretaria da Agricultura. O programa tem sido fundamental para orientar estratégias de manejo e preservar a produtividade das lavouras catarinenses.

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