Chacina em Saudades: Promotor de Justiça afirma que crime não ficará impune
Caso bárbaro e cruel completou dois anos
O dia quatro de maio, jamais será esquecido pelos moradores do município de Saudades, no Oeste de Santa Catarina! Dois anos se passaram do crime cruel que chocou a cidade. Quando um jovem entrou na creche Aquarela e matou duas professoras e três bebês, e ainda tentou tirar a vida de mais 14 vítimas. Uma criança atingida, foi levada ao hospital e sobreviveu.
O autor usou uma adaga que havia comprado pela internet especialmente para o ataque. O réu, que teria tentado se matar após o atentado, foi detido por populares e entregue às autoridades. Ele confessou o crime. Passado todo esse tempo, o caso que possui centenas de páginas ainda não teve um resultado final, isso porque um júri popular está marcado para o dia 9 de agosto.
Promotor assumiu o caso no ano passado (Foto: Henrique Paulo Koch)
O promotor de Justiça Bruno Poerschke Vieira relata que foi um caso cruel e covarde, praticado contra crianças menores de dois anos e educadoras que não tiveram a mínima chance de se defender. "O autor premeditou, idealizou e planejou as mortes durante 10 meses, pesquisou sobre a volta às aulas presenciais, buscou informações da creche, também se informou de chacinas cometidas em escolas com o uso de facas e outras armas brancas, procurando o alvo mais fácil para executar o seu plano", assevera.
Bruno ressalta que o réu tinha total consciência do que estava executando.
"Outras pessoas que estavam no local, só escaparam do massacre porque o acusado não conseguiu entrar nas salas, mesmo após diversas tentativas de arrombamento de portas e janelas", enfatiza.
Viera finaliza destacando que o Ministério Público requer uma punição rigorosa e exemplar ao assassino. "Sem nenhuma piedade, a qual ele não teve, demonstrando-se que no Tribunal do Júri se pratica a justiça, tão almejada pela sociedade".
Nesta quinta-feira (4), será realizado um momento de oração dentro da escola infantil sem abertura para público. A unidade passou por reforma e a sala onde ocorreram as mortes foi transformada em área de lazer.