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Aneel projeta aumento de 6,3% na conta de luz em 2025, acima da inflação

Revisão do índice considera alta no orçamento da CDE, baixa geração das hidrelétricas e impacto das bandeiras tarifárias

Felipe Eduardo
Por Felipe Eduardo
12/08/2025, 09:51
Atualizado há 1 dia
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Conta de luz deve subir mais que a inflação neste ano (Foto: GettyImages)Conta de luz deve subir mais que a inflação neste ano (Foto: GettyImages)

A conta de luz dos brasileiros deve ter um reajuste médio de 6,3% em 2025, segundo projeção atualizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O índice, divulgado no boletim InfoTarifa desta segunda-feira (11), indica que as tarifas de energia elétrica devem subir acima da inflação neste ano.

O principal fator para a revisão da estimativa é o orçamento aprovado para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que ficou R$8,6 milhões acima do previsto anteriormente, somando R$49,2 bilhões. A CDE é um fundo setorial que financia políticas públicas no setor elétrico, como a tarifa social para famílias de baixa renda, o programa Luz Para Todos, a geração de energia em regiões isoladas, subsídios para fontes renováveis e compensações para consumidores que produzem a própria energia, como usuários de painéis solares.

O fundo é abastecido principalmente por cobranças incluídas nas contas de luz de todos os consumidores, além de multas e aportes do Tesouro Nacional. Outro fator que contribuiu para a alta foi o cenário hidrológico desfavorável.

"Com afluências abaixo da média em todo o país, observa-se redução na geração das hidrelétricas. Esse cenário eleva os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais caras, como as usinas termelétricas”, afirma o boletim da Aneel.

Em agosto, vigora a bandeira tarifária vermelha nível 2, que adiciona R$7,87 a cada 100 kWh consumidos. Segundo projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a expectativa é de que a bandeira verde retorne em dezembro, com o início do período úmido e a recuperação dos reservatórios, ampliando a participação das hidrelétricas na matriz energética.

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