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Atraso no aluguel bate recorde em SC

Em junho, 3,3% dos contratos de locação estavam em atraso no estado

Felipe Eduardo
Por Felipe Eduardo
30/07/2025, 12:47
Atualizado há 1 dia
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Inadimplência de aluguel atinge 3,3% dos contratos (Foto: Freepik)Inadimplência de aluguel atinge 3,3% dos contratos (Foto: Freepik)

O aumento no preço dos aluguéis está dificultando o pagamento para muitos catarinenses. Em junho deste ano, Santa Catarina registrou a maior taxa de inadimplência de aluguel dos últimos 20 meses,3,3% dos contratos estavam em atraso, de acordo com o Índice de Inadimplência Locatícia elaborado pela Superlógica, empresa especializada em tecnologia para o setor imobiliário.

O levantamento considera boletos com mais de 60 dias de atraso ou pagos fora do prazo e é baseado em uma amostra de 900 mil contratos de locação em todo o país. Em comparação com maio, a inadimplência no estado subiu 0,70 ponto percentual, passando de 2,33% para 3,03%. Em relação a junho de 2024, quando o índice era de 2,26%, a alta foi de 0,77 ponto percentual.

Desde que o estudo começou, em 2023, a menor taxa de inadimplência de aluguel registrada em Santa Catarina foi em novembro de 2024, com 1,88%. Apesar da elevação recente, o estado continua abaixo da média nacional, que chegou a 3,59% em junho.

Entre as regiões brasileiras, o Sul segue com o menor índice do país, enquanto o Nordeste lidera a inadimplência, com 4,80%, seguido pelo Norte (4,09%), Centro-Oeste (3,78%) e Sudeste (3,38%).

Em Santa Catarina, a inadimplência em apartamentos ficou em 1,99% em junho, enquanto nas casas o índice foi mais elevado, chegando a 3,77%. Já os imóveis comerciais registraram alta significativa, com 4,07% de inadimplência no mesmo período.

No cenário nacional, a inadimplência é mais alta tanto nos imóveis mais caros quanto nos mais baratos. Locatários de imóveis residenciais com aluguel acima de R$13 mil apresentaram o maior índice (6,54%), mas os contratos de até R$1.000 também tiveram recorde de inadimplência desde o início do estudo, com 5,79%. A menor taxa foi registrada na faixa entre R$2.000 e R$3.000, com 2,17%.

Para os imóveis comerciais, a inadimplência também foi maior entre os mais baratos. Aluguéis de até R$1.000 apresentaram índice de 7,48% — o maior já registrado — enquanto os contratos entre R$2.000 e R$3.000 tiveram o menor índice, com 4,17%.

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