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Audiência pública na Alesc debate precarização e privatização da Celesc

Debate dos assuntos foi realizado na manhã desta quarta-feira (09)

Felipe Eduardo
Por Felipe Eduardo
09/04/2025, 17:20
Atualizado há 10 dias
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Audiência pública contou com a grande presença do público (Foto: Fabiano Rambo)Audiência pública contou com a grande presença do público (Foto: Fabiano Rambo)

Uma audiência pública proposta pelo deputado Fabiano da Luz (PT) foi realizada na manhã desta quarta-feira (9), na Comissão de Economia da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), para tratar a precarização e privatização da Celesc, assuntos que não vem agradando principalmente aos funcionários da companhia.

Participantes da audiência elogiaram o desempenho da Celesc, considerada uma das melhores empresas do setor no país, e destacaram seus resultados financeiros positivos. No entanto, os trabalhadores criticaram a gestão atual, apontando um aumento no número de terceirizados e deterioração das condições de trabalho. Para eles a crescente terceirização seria parte de uma estratégia para justificar, futuramente, a privatização da estatal.

Fabiano da Luz (PT) disse que o debate de ideias serviu para ressaltar a importância da manutenção da Celesc como empresa pública estadual, afastando ameaças de privatização.

"Temos que manter essa empresa que detém o que é essencial para o ser humano, como energia, que ela seja nosso patrimônio, mantido como algo de todos os catarinenses", comentou o parlamentar.

Fabiano da Luz foi o proponente da audiência pública (Foto: Fabiano Rambo)

Outros parlamentares também participaram da audiência pública, como os deputados Ivan Naatz (PL), Matheus Cadorin (Novo), Marquito (Psol), Dr. Vicente Caropreso (PSDB) e Padre Pedro Baldissera (PT), além do secretário da Casa Civil, Kennedy Nunes.

O líder do governo na Alesc, Naatz (PL), e o secretário da Casa Civil, Kennedy Nunes, garantiram que não há qualquer intenção do governo de privatizar a companhia. Naatz disse que "Não há no governo e nunca houve qualquer conversa sobre privatização. Essa hipótese está fora de cogitação". Kennedy acrescentou que o foco da atual gestão é reinvestir os lucros para melhorar os serviços prestados, como os investimentos em redes trifásicas.

Já o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, reconheceu falhas no atendimento, mas disse que a empresa está empenhada em superá-las. Ele apresentou vídeos com investimentos realizados e anunciou a contratação de 63 novos empregados. Rosa também destacou que a Celesc, mesmo sendo pública, precisa ser lucrativa.

"A Celesc, pública ou não, precisa ter lucro e parte desse lucro volta para investimentos na própria empresa, para o Estado, para os sócios e também para os trabalhadores, que terão direito a até R$54 milhões referentes ao lucro do ano passado. Uma empresa tem que ter cuidado com seus empregados e apresentar resultado para a sociedade e para os acionistas. Tem que ser lucrativa também e crescer. Empresa que não cresce desaparece”, enfatizou o presidente da Celesc.

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