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Bolsonaro e aliados pedem anistia para condenados do 8 de janeiro em ato na Avenida Paulista

Ex-presidente reúne aliados e critica STF em manifestação marcada por discursos contra condenações

Felipe Eduardo
Por Felipe Eduardo
06/04/2025, 20:29
Atualizado há 13 dias
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Apoiadores de Bolsonaro se reuniram na Avenida Paulista (Foto: Poder 360)Apoiadores de Bolsonaro se reuniram na Avenida Paulista (Foto: Poder 360)

Milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na tarde deste domingo (6) na Avenida Paulista, em São Paulo, em um ato que pede anistia para os envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

A manifestação foi convocada pelo próprio Bolsonaro e contou com a presença de governadores aliados, parlamentares e lideranças do PL.

Entre os presentes, estavam os governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Junior (PR), Wilson Lima (AM), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes (MT) e Jorginho Mello (SC), além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

O ato teve início por volta das 14h com uma oração conduzida pela deputada federal Priscila Costa (PL-CE), vice-presidente do PL Mulher. Discursos ao longo da manifestação defenderam um projeto de lei em tramitação na Câmara que prevê anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos.

Bolsonaro esteve ao lado de governadores aliados ao ex-presidente (Foto: Reprodução/TV Globo)

O vice-presidente da Casa, deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), afirmou que há articulação para votar a proposta. Críticas ao Supremo Tribunal Federal foram recorrentes, com destaque para a fala do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que chamou os ministros de “ditadores de toga”.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também discursou e pediu uma "anistia humanitária" para os presos, evocando apelos emocionais à plateia. Bolsonaro, por sua vez, falou por volta das 15h40 e voltou a atacar o STF e o presidente Lula. Ele defendeu seu governo e exaltou medidas como a criação do PIX, além de sugerir que houve interferência no resultado das eleições de 2022.

O ex-presidente disse que deixou o Brasil em 30 de dezembro de 2022 por "pressentimento" e que, se estivesse no país em 8 de janeiro, teria sido preso ou até morto. Segundo Bolsonaro, o “golpe” de seus adversários “só não foi perfeito” porque ele deixou o país antes dos ataques.

Bolsonaro também mencionou seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, que se licenciou do cargo e mudou-se para os Estados Unidos alegando perseguição política. O ato, apesar de pacífico, reacendeu o debate sobre a responsabilização dos envolvidos no 8 de janeiro e a tensão entre bolsonarismo e instituições democráticas.

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